Com a persistência das queimadas o futuro do Brasil sentira os reflexos dos erros do passado, uma vez que tal problema continua se agravando cada vez mais ao longo dos anos, pois desde a revolução industrial este problema já era uma vicissitude. No Brasil a maioria dos incêndios na Amazônia e no Pantanal é provocada por ação humana, sendo que apenas 3 em cada mil raios que atingem vegetações resultam em incêndios.
No mês de setembro(2020), intensas queimadas atingiram tanto as regiões brasileiras do Pantanal e da Amazônia quanto áreas inteiras da Califórnia e do Oregon, nos Estados Unidos. Por aqui, o fenômeno tem causado destruição da vegetação e morte de animais e, por lá, chegou a afetar cidades e causar mortes de pessoas. As áreas expostas às queimadas têm particularidades. No entanto, a emergência ambiental no mesmo período deixa dúvida sobre uma possível origem em comum.
Queimadas e os Gases na atmosfera🔥
As queimadas que acompanham o desmatamento determinam as quantidades de gases emitidas não somente da parte da biomassa que queima, mas também da parte que não queima. Quando há uma queimada, além da liberação de gás carbônico (CO2 ), são liberados também gases-traço como metano (CH4 ), monóxido de carbono (CO) e nitroso de oxigênio (N2 O). A parte da biomassa que não queima na queimada inicial, que é quente, com chamas, também será oxidada. Parte disto ocorre por processos de decomposição (com alguma emissão de CH4 pela madeira consumida por cupins) e parte pelas re-queimadas (queimadas das pastagens e capoeiras, que também consomem os remanescentes da floresta original ainda presentes nas áreas), queimadas estas de temperatura reduzida, com formação de brasas e maiores emissões de gases-traço.
As quantidades de gases de efeito estufa liberadas pelo desmatamento são significantes tanto em termos do impacto presente quanto do potencial para contribuição a longo prazo com a continuação do desmatamento da vasta área de florestas restante no Brasil. A forma em que são calculadas as emissões pode ter um grande efeito sobre o impacto atribuído ao desmatamento. As emissões líquidas comprometidas e o balanço anual de emissão líquida (ou, mais simplesmente, o “balanço anual”) são dois índices importantes para expressar o impacto do desmatamento sobre o efeito estufa.
Biomassa Florestal protegida e desprotegida 🌱 x 🪓
A biomassa média presente nas florestas primárias na Amazônia brasileira foi calculada com base em análise de dados sobre volume de madeira, publicados de 2.954 ha de inventários florestais distribuídos em toda região (atualizado de Fearnside, 1994). A biomassa total média (inclusive os componentes mortos e debaixo do solo) é calculada em 463 t ha-1 para todas as florestas maduras nãoexploradas para madeira, originalmente presentes na Amazônia Legal brasileira. A biomassa média acima do solo é de 354 t ha-1, dos quais 28 t ha-1 dessa biomassa está morta; a média de biomassa debaixo do solo é calculada em 109 t ha-1. Tais estimativas incluem a densidade de madeira calculada separadamente para cada tipo de floresta, tendo como base o volume de cada espécie presente e os dados publicados sobre densidade básica para 274 espécies (Fearnside, 1997b).
As estimativas de biomassa total são desagregadas por estado e por tipo de floresta, permitindo assim o uso desses dados juntamente com aqueles sobre desmatamento baseados no satélite LANDSAT, que são divulgados para cada unidade federativa (Fearnside, 1993; 1997c). Foram calculadas as áreas protegidas e desprotegidas de cada tipo de vegetação em cada um dos nove estados na Amazônia Legal (Fearnside & Ferraz, 1995).
As queimadas que acompanham o desmatamento determinam as quantidades de gases emitidas não somente da parte da biomassa que queima, mas também da parte que não queima. Quando há uma queimada, além da liberação de gás carbônico (CO2 ), são liberados também gases-traço como metano (CH4 ), monóxido de carbono (CO) e nitroso de oxigênio (N2 O). A parte da biomassa que não queima na queimada inicial, que é quente, com chamas, também será oxidada. Parte disto ocorre por processos de decomposição (com alguma emissão de CH4 pela madeira consumida por cupins) e parte pelas re-queimadas (queimadas das pastagens e capoeiras, que também consomem os remanescentes da floresta original ainda presentes nas áreas), queimadas estas de temperatura reduzida, com formação de brasas e maiores emissões de gases-traço.
As quantidades de gases de efeito estufa liberadas pelo desmatamento são significantes tanto em termos do impacto presente quanto do potencial para contribuição a longo prazo com a continuação do desmatamento da vasta área de florestas restante no Brasil. A forma em que são calculadas as emissões pode ter um grande efeito sobre o impacto atribuído ao desmatamento. As emissões líquidas comprometidas e o balanço anual de emissão líquida (ou, mais simplesmente, o “balanço anual”) são dois índices importantes para expressar o impacto do desmatamento sobre o efeito estufa.
Biomassa Florestal protegida e desprotegida 🌱 x 🪓
A biomassa média presente nas florestas primárias na Amazônia brasileira foi calculada com base em análise de dados sobre volume de madeira, publicados de 2.954 ha de inventários florestais distribuídos em toda região (atualizado de Fearnside, 1994). A biomassa total média (inclusive os componentes mortos e debaixo do solo) é calculada em 463 t ha-1 para todas as florestas maduras nãoexploradas para madeira, originalmente presentes na Amazônia Legal brasileira. A biomassa média acima do solo é de 354 t ha-1, dos quais 28 t ha-1 dessa biomassa está morta; a média de biomassa debaixo do solo é calculada em 109 t ha-1. Tais estimativas incluem a densidade de madeira calculada separadamente para cada tipo de floresta, tendo como base o volume de cada espécie presente e os dados publicados sobre densidade básica para 274 espécies (Fearnside, 1997b).
As estimativas de biomassa total são desagregadas por estado e por tipo de floresta, permitindo assim o uso desses dados juntamente com aqueles sobre desmatamento baseados no satélite LANDSAT, que são divulgados para cada unidade federativa (Fearnside, 1993; 1997c). Foram calculadas as áreas protegidas e desprotegidas de cada tipo de vegetação em cada um dos nove estados na Amazônia Legal (Fearnside & Ferraz, 1995).
Multiplicando-se a biomassa por hectare de cada tipo de floresta pela a área desprotegida presente em cada estado, pode-se calcular a biomassa cortada, presumindo-se que o desmatamento dentro de cada estado esteja distribuído entre os diferentes tipos de vegetação na mesma proporção em que os tipos de vegetação estão presentes na área desprotegida do estado. Mediante a ponderação da média da biomassa pela taxa de desmatamento em cada estado, o total médio de biomassa sem exploração madeireira em áreas cortadas em 1990 foi calculado em 433 t ha-1, ou 6,5% abaixo da média para florestas sem exploração madeireira presentes na Amazônia Legal como um todo (veja-se Fearnside, 1997a). Tal diferença é devida à concentração da atividade de desmatamento ao longo dos limites sul e oriental da floresta, onde a biomassa por hectare é mais baixa que nas áreas de desmatamento mais lento nas partes central e norte da região.
Referencias Bibliográficas:
Publicado pela: Scielo
Autor: PHILIP M. FEARNSIDE
www.scielo.br/pdf/ea/v16n44/v16n44a07.pdf
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Publicado pela: Scielo
As queimadas na região amazônica e o adoecimento respiratório
Autor: Karen dos Santos GonçalvesI; Hermano Albuquerque de CastroII; Sandra de Souza HaconI
scielosp.org/article/csc/2012.v17n6/1523-1532/
Publicado pela: Scielo
Autor: PHILIP M. FEARNSIDE
www.scielo.br/pdf/ea/v16n44/v16n44a07.pdf
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Publicado pela: Scielo
As queimadas na região amazônica e o adoecimento respiratório
Autor: Karen dos Santos GonçalvesI; Hermano Albuquerque de CastroII; Sandra de Souza HaconI
scielosp.org/article/csc/2012.v17n6/1523-1532/