Alteração do Clima e da temperatura dos oceanos
As atividades antrópicas, como a queima de combustíveis fósseis, as queimadas e o desmatamento de florestas, têm alterado o clima em sua variação natural. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (no inglês Internacional Painel on Climate Change, ou IPCC), as temperaturas médias globais vêm aumentando desde a década de 70, e esse aquecimento deve continuar até o final do século.
As projeções da mudança do clima incluem alterações nos padrões de vento, na precipitação e nas correntes oceânicas. O aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, combinado com as mudanças nos padrões de vento e nos regimes de chuva, provavelmente, tornarão os eventos climáticos extremos (ciclones, furacões e tufões) ainda mais destrutivos, como os observados na temporada de furacões no Oceano Atlântico.
No mundo, cerca de 20% de todas as espécies de vertebrados já avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (do inglês, IUCN) estão sob algum nível de ameaça (IUCN, 2017). No Brasil, muitos vertebrados endêmicos poderão ter distribuição ainda mais restrita nos cenários futuros (Oliveira et al., 2012), em lugares nos quais as áreas de vegetação nativa exercerão um importante papel de refúgio climático.
Na Mata Atlântica, prevê-se uma diminuição de até 45% da distribuição geográfica de aves endêmicas e ameaçadas (Souza et al., 2011), de forma muito semelhante aos padrões da Amazona preteri (papagaio-charão) que ocorrem principalmente nas florestas de araucárias (Marini et al., 2010).
Aves e Répteis e Anfíbios 🐍🐦🐸
As atividades antrópicas, como a queima de combustíveis fósseis, as queimadas e o desmatamento de florestas, têm alterado o clima em sua variação natural. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (no inglês Internacional Painel on Climate Change, ou IPCC), as temperaturas médias globais vêm aumentando desde a década de 70, e esse aquecimento deve continuar até o final do século.
As projeções da mudança do clima incluem alterações nos padrões de vento, na precipitação e nas correntes oceânicas. O aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, combinado com as mudanças nos padrões de vento e nos regimes de chuva, provavelmente, tornarão os eventos climáticos extremos (ciclones, furacões e tufões) ainda mais destrutivos, como os observados na temporada de furacões no Oceano Atlântico.
No mundo, cerca de 20% de todas as espécies de vertebrados já avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (do inglês, IUCN) estão sob algum nível de ameaça (IUCN, 2017). No Brasil, muitos vertebrados endêmicos poderão ter distribuição ainda mais restrita nos cenários futuros (Oliveira et al., 2012), em lugares nos quais as áreas de vegetação nativa exercerão um importante papel de refúgio climático.
Na Mata Atlântica, prevê-se uma diminuição de até 45% da distribuição geográfica de aves endêmicas e ameaçadas (Souza et al., 2011), de forma muito semelhante aos padrões da Amazona preteri (papagaio-charão) que ocorrem principalmente nas florestas de araucárias (Marini et al., 2010).
Aves e Répteis e Anfíbios 🐍🐦🐸
Estudos recentes indicam que algumas espécies terão reduções de até 80% na distribuição geográfica no clima atual (Marini et al., 2009a), como é o caso do jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogasteri), grupo vulnerável que habita principalmente as áreas florestadas -(Marini et al., 2009b).
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A situação é bastante parecida para o papa-mosca-decostas-cinzentas (Polystictus superciliaris), cujo decréscimo de 22% a 75% se sucederá em tempos vindouros (Hoffmann et al., 2015).
O desmatamento pode ter repercussão imediata na riqueza de espécies, como no caso das aves (Loiselle et al., 2010), tornando-se mais grave quando combinada com as condições climáticas em curso. Investigações recentes mostram uma redução da distribuição geográfica dos anfíbios na Mata Atlântica. Alguns, inclusive, não terão um habitat climaticamente adequado até o final do século (Lemes & Loyola, 2013; Loyola et al., 2014). Os anfíbios têm características que os tornam mais sensíveis às alterações no ambiente, já que sua fisiologia e seu comportamento alteram diante da temperatura (Navas et al., 2013). |
Pouco é conhecido acerca das mudanças na distribuição dos répteis brasileiros. Nesse sentido, Mesquita e colaboradores afirmam que as populações costeiras da serpente jabutibóia (Liophis reginae), apesar de serem distribuídas com vastidão, possivelmente diminuam ou até mesmo desapareçam. Enquanto isso, as populações do limite sul devem ter sua distribuição expandida, concordando com o padrão geral esperado dos impactos da mudança do clima na biodiversidade
Invertebrados 🦋🐝 O plano de ação para a conservação dos lepidópteros ameaçados (Freitas & Marini-Filho, 2011), proposto pelo ICMBio, indicou que Actinote quadra (borboleta-palha) está vulnerável à extinção devido à perda de habitat. . Hoje, a espécie é vista apenas em localidades cujas temperaturas não ultrapassam 19°C. No entanto, os modelos de clima no futuro indicam a manutenção de apenas 15% do clima adequado para ela. |
Há pouco tempo, Santos e colaboradores (2015) verificaram, por meio de um experimento, que é possível que parte da população da abelha Plebeia droryana (Hymenoptera: Apidae: Meliponini) sofra uma ruptura na diapausa4 reprodutiva e fique ativa nos meses de inverno menos rigorosos. Nesse cenário, vê-se uma grande demanda por pólen e néctar, cujas implicações são relevantes aos serviços ecossistêmicos prestados pelas abelhas no que concerne às plantas selvagens e de cultura, evidenciando-se a necessidade de esforços para sua conservação. Por outro lado, outra abelha, a Xylocopa hirsutissima, poderá ter uma severa perda de área adequada (93,7%) e se deslocar para a região norte do Cerrado (Gianinni et al., 2013).
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Corais 🌊
Grande parte do CO2 emitido na atmosfera é capturado pelos oceanos, tornandoos ambientes ácidos (Hendricks et al., 2010), fator que, junto com o aumento da temperatura dos oceanos, representa uma grande ameaça aos organismos marinhos. Os ecossistemas recifais são extremamente sensíveis a variações de temperatura das águas oceânicas, ou seja, uma pequena variação da temperatura das águas superficiais pode provocar perdas na biodiversidade local.
. O processo de branqueamento está relacionado às perdas das algas fotossintetizantes, as zooxantelas, presentes no tecido dos corais e responsáveis pela coloração e pela produção de componentes orgânicos os quais servem de alimento aos corais.Os efeitos do aquecimento das águas oceânicas afetam diversas áreas de recife, com a alta intensidade de branqueamento dos corais; porém, não eram associados à mortalidade até meados de 2010 (Leão et al., 2016). Scherner e colaboradores (2016), em sua pesquisa acerca da influência da mudança do clima em três espécies de macroalgas (Tricleocarpa cylindrica, Halimeda cuneata e Padina gymnospora) e em um grupo de espécies de corais incrustantes (Lithophyllum stictaeforme, Pneophyllum conicum e Porolithon pachydermum), mostram os poucos efeitos da acidificação e do aumento da temperatura nesse sistema.
Grande parte do CO2 emitido na atmosfera é capturado pelos oceanos, tornandoos ambientes ácidos (Hendricks et al., 2010), fator que, junto com o aumento da temperatura dos oceanos, representa uma grande ameaça aos organismos marinhos. Os ecossistemas recifais são extremamente sensíveis a variações de temperatura das águas oceânicas, ou seja, uma pequena variação da temperatura das águas superficiais pode provocar perdas na biodiversidade local.
. O processo de branqueamento está relacionado às perdas das algas fotossintetizantes, as zooxantelas, presentes no tecido dos corais e responsáveis pela coloração e pela produção de componentes orgânicos os quais servem de alimento aos corais.Os efeitos do aquecimento das águas oceânicas afetam diversas áreas de recife, com a alta intensidade de branqueamento dos corais; porém, não eram associados à mortalidade até meados de 2010 (Leão et al., 2016). Scherner e colaboradores (2016), em sua pesquisa acerca da influência da mudança do clima em três espécies de macroalgas (Tricleocarpa cylindrica, Halimeda cuneata e Padina gymnospora) e em um grupo de espécies de corais incrustantes (Lithophyllum stictaeforme, Pneophyllum conicum e Porolithon pachydermum), mostram os poucos efeitos da acidificação e do aumento da temperatura nesse sistema.
Contudo, é por que devemos controlar as mudanças climáticas e ajudar todas os animais e cuidar de nossas florestas, pois não existe cópia.